ACT 2019/2020: Sem acordo, empregados da Ebserh indicam greve geral

 

Assembleias realizadas ontem (24) com empregados da estatal no local de trabalho, foi sinalizada a possibilidade de greve por tempo indeterminado

Em virtude do impasse criado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) sobre o ACT 2019/2020, o Sindsep-MT realizou duas assembleias ontem (24) com os empregados da estatal no local de trabalho (HUJM). O Secretário-Geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo esteve presente na primeira assembleia convocada para às 13h30 e em virtude de assuntos pessoais não pôde participar da segunda, às 18h30.

Ficou decidido por unanimidade que no dia 5 de junho será realizado uma mobilização com faixas, cartazes e adesivos e também um indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 18/06 e que será discutido na plenária nacional a ser realizada no dia 8 de junho, em Brasília.

Nesta segunda-feira, dia 27, a Condsef/Fenadsef estará com o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na tentativa de destravar a negociação após várias rodadas de reuniões sem consenso.  A Ebserh daria resposta sobre o dissídio até o dia 17, o que não ocorreu e apenas informou de que a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) não teria ainda retornado e que provavelmente uma resposta deve vir entre os dias 29 e 30 desse mês.

PROPOSTA INDECENTE - Além de reajuste abaixo da inflação do período, de apenas 1,576%, o percentual não seria aplicado aos benefícios, como auxílio-alimentação, que ficariam congelados. A empresa quer retirar ainda direitos já garantidos no ACT anterior, o que a categoria não concorda. Entre as mudanças, a Ebserh quer retirar cláusula que trata de abonos e alterar redação sobre licença para acompanhar familiares em exames e consultas médicas. 

Para o presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida, esgotadas todas as negociações, o caminho a ser seguido é a greve. “Esta proposta da empresa é muito ruim e devemos manter o posicionamento das assembleias anteriores, rechaçando qualquer acordo que venha a prejudicar a categoria. No dia da mobilização, vamos alertar a população que não é nossa intenção fazer greve, mas se a Ebserh insistir em retirar direitos infelizmente não haverá alternativa”.

Já o Secretário-Geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, diz que a empresa afirma não haver outra proposta a ser feita para os empregados a não ser a que já foi entregue. “Então que a gente vá direto para o TST como foi feito nos últimos 5 anos. A empresa se comprometeu no dia 17 deste mês apresentar uma resposta e somente ontem (23) vieram dizer que não tinham acordo com a Sest para apresentar uma proposta diferente. Pediram um novo prazo, mas tudo tem limite. Estamos percebendo que eles estão querendo ganhar tempo porque o aditivo assinado se encerra no final de junho. Com isso corremos o risco de perdermos todas as cláusulas sociais e ficar sem a garantia da data base caso a enrolação continue”.